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Um Brasil economicamente vulnerável

Há não muitos dias atrás, comentei sobre a interferência do poder judiciário de forma unilateral em muitos empreendimentos públicos e privados, sem pensar nos resultados e transtornos causados.
Comentei pela intervenção do Ministério Público nas obras do Aeroporto Salgado Filho.
Bastou, porém, um dos diretores da empresa comentar vincular as ações movidas contra a empresa pelos ditos moradores que reclamavam judicialmente ao tráfico de drogas, pela perda de território dos moradores da vila Nazaré, que a justiça revogou as ações e o deslocamento desses moradores para suas novas casas se dará até o final do ano. Entende-se, então, que muitas questões trancadas via judicial e que andam na contramão das necessidades populares têm o rico tráfico bancando ótimos “ADVOGADOS”. Dinheiro moralmente sujo.
Enquanto esperamos pela votação da reforma previdenciária pelo Senado, e os Deputados Federais discutem a reforma tributária (mais recursos para a União e menos dinheiro no bolso do cidadão), a economia em si parece estar agindo com muita cautela.
Na Economia internacional, a partir do final de 2016, o Brasil se tornou um mercado de investimento de Alto Risco para investimentos, segundo as empresas especializadas no setor internacionalmente. Continuamos ainda em queda. Por isso voltamos a sentir essa instabilidade monetária a qualquer movimento econômico em qualquer país do mundo.
Depois da crise que envolveu a Economia americana 2016/2018 os problemas iniciaram. Com o desacerto entre os Estados Unidos e China na área comercial já sofremos o primeiro impacto com forque queda nos investimentos na Bolsa de Valores e alta do valor do dólar Americano. Como se tratava das duas maiores economias do mundo até era compreensível. Porém, agora, a instabilidade política Argentina e a possibilidade de troca de lado no governo daquele país provocou nova debandada de dólares do país. Assim, novamente os ativos empresariais perdem valor dando margem ao aumento do valor do dólar que já ultrapassa quatro Reais.
Essa instabilidade já começa a preocupar até os investidores em títulos públicos porque há uma relação muito interessante entre o valor aplicado e o valor a receber.
Explico: Ao comprarmos um título de R$. 10 mil com vencimento em dez anos hoje paga-se o na compra desse título é R$. 6.800 reais. Consideramos que foi negociado à taxa de 8% a.a.
A taxa de juros serviu só para o momento da compra do título. Os movimentos das taxas de juros para mais ou para menos no decorrer dos dez anos apenas farão com que esse lucro pretendido se consolide como verdadeiro ou não. Por isso é que muito importante a confiança do mercado na economia do País. Se a taxa de juros baixar haverá ganho maior, porém, se a taxa de juros subir, o ganho real será bem menor porque outros ativos poderão estar rendendo mais.
Por isso, no momento, é mais interessante comprar dólares. Mas essa tendência tem provocado ainda mais o aumento do seu valor da moeda americana (lei da oferta e da procura) e haverá queda nos negócios dos títulos do Tesouro, forçando, às vezes o governo a resgate-los antecipadamente desviando recursos que seriam para investimentos tornando a economia do país ainda mais vulnerável.

Renan Alberto Moroni

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