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A covid e os interesses politiqueiros

O grande assunto dos últimos dias tem sido a CPI da Covid. Esse assunto deveria ser tratado como um acidente aéreo onde não se procura culpados; apenas as causas pela tragédia e não servir para barganhas políticas, com a única função de dar emprego de CCs para aumentar a possibilidade de eleição desses políticos “mau-caráter”.
Ora, o que estamos observando na formação do grupo que fará a CPI é de apenas revanchismo político partidário. Essa situação poderá se tornar em apoio ao Executivo em liberar mais verbas para o Congresso ou retirar apoio, e deixar o atual presidente sem condições de reeleição.
Alguns políticos que perderam muito espaço depois da última grande eleição, estão tratando de cria-lo novamente, porque, já no ano que vem haverá novas eleições.
Por isso não entendo de forma diferente a criação dessa CPI a não ser a de ferrar com alguém para criar um forte mote para a próxima campanha.
Figuras como o Senador Renan Calheiros, que foi escolhido relator dessa CPI, são como camaleões que se misturam com qualquer paisagem. ISTO É: trocam de lado de acordo com suas conveniências políticas.
São pessoas de conduta duvidosa sempre a serviço do seu eterno mandato, escolhidos por eleitores ingênuos que os veem como sábios em todas as eleições. Esses políticos, por exemplo, participantes do bloco partidário chamado de “centrão” (MDB, DEM, PTB, PDT, PP e outros de menor porte, que compõe a maioria do Congresso Nacional e negociam tudo e, inclusive, são os que interferem na conceção de cargos a incompetentes correligionários não eleitos em pleito normal, mas, que precisam de um cargo para sua projeção. Por isso, criam enormes e desnecessários gastos ao país e ao seu povo.
Vejamos apenas um fato ocorrido: o ano de 2020 quase não teve aulas presenciais e, por conseguinte os livros didáticos, praticamente não tiveram uso. Mas a edição 2021 saiu e está colocada em todas as livrarias, em pacotes fechados para serem vendidos a alunos de escolas particulares.
Para as escolas públicas, a venda já é certa com verbas do Ministério da Educação gerando gasto público adicional regidos por esses “Cargos de Confiança” dos políticos já sabidamente corruptos.
Esses “caras de pau” conseguem explicações simples para todas essas falcatruas a ponto de, quando questionados sobre o porquê editar novos livros durante essa crise, respondem: “Houve mudança de conteúdos”.
É muito triste ouvir esse tipo de explicação.
Fui professor por muitos anos e não entendo o que pode ter mudado na Matemática, na História, na Geografia, na Química e Física, Etc., etc., de 2019 para cá.
Então só me resta imaginar que a corrupção verdadeira não acabou e que alguns devem estar levando significativa vantagem nisso.
Sempre foi assim.
Tanto com governos de direita, de centro-direita, de centro, de centro-esquerda e de esquerda (se vocês conseguem entender o que isso significa) não mudam absolutamente nada porque pela nossa teimosia em manter os mesmos métodos congressistas, reelegendo os que estão lá ou elegendo seus filhos, irmãos, esposas, afinal, membros das suas famílias de políticos tradicionais, não identificam sequer algum indício de mudanças.

Renan Alberto Moroni

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