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Mudamos as pessoas, não o perfil | 1291 ed

Pensei que teríamos uma semana de calmaria de declarações governamentais que pudessem contribuir com a autonomia da economia. Nas últimas semanas, algumas declarações do nosso presidente deixaram algum desconforto nas relações internacionais do Brasil.
Falou errado? Tenho a impressão que não. Deve ter se baseado em fatos conhecidos, mas que sempre foram omitidos por questão de diplomacia dos governos anteriores. Aliás, é próprio dos militares serem mais diretos em suas palavras.
O ruim de tudo isso é que a cotação do Dólar, mostra uma instabilidade quase diária com tendências de altas sempre. Para os investidores também é difícil porque nesse ritmo de instabilidade, pode ocorrer uma brusca queda a qualquer momento.
Nesta semana, porém, nosso presidente estará em recuperação de uma pequena cirurgia feita e as suas declarações, acredito, serão filtradas e, então, causarão menos impacto na nossa economia. Por outro lado, o jornal Poder Econômico, divulgou declaração do Ministro da Economia que serão privatizadas todas as estatais até o fim do mandato do atual presidente. Entraremos então numa economia de mercado efetiva.
Os lados positivos dessa atitude são que, com as empresas privadas não haverá mais lugar para penduricar em cabides colaboradores incapazes e incompetentes nos cargos públicos; e o Estado se preocupará apenas com a legislação, tributação e distribuição dos recursos que arrecadar em benefício da população.
Porém, ao não se preocupar com a execução de serviços ao público, corre ainda mais riscos de ver distorcidas algumas licitações como tivemos até há pouco tempo atrás, ou mesmo vermos aumentados os números de Ministérios ou Secretarias para encaixar essas sumidades políticas.
Sentiremos melhoras nos trabalhos se também, em razão dessas coisas de Brasil e seus jeitinhos, houver uma grande reforma nas Leis cíveis e crimes, já que nos governos ditos de esquerda deram tantos direitos aos cidadãos que hoje se torna muito difícil enfrentar a corrupção e criminalidade. Na questão criminalidade, se um policial cancelar o CPF de um marginal menor de idade, perde seu cargo, emprego e pode ir preso. Se atingir um marginal já adulto, enfrentará a justiça comum. O marginal menor de idade, entretanto, logo depois de ser apreendido receberá, ficará recolhido a uma “escola de especialização no crime” até atingir a maioridade e, depois, receberá tantos benefícios que terá a certeza que o crime compensa. O adulto, por sua vez, terá uma pena a cumprir tão pequena que lhe proporcionará um belo período de férias porque, além de ser alimentado e garantido o sustento da sua prole, terá a certeza que sempre valerá à pena ser marginal.
A surpresa que temos agora, é a criação da CP (Contribuição sobre Pagamentos), igual à CPMF usada por FHC para a recuperação do Brasil que sua prorrogação foi negada pelo Congresso Nacional quando solicitada por Lula. Destacam-se os votos contrários à prorrogação pelos atuais administradores brasileiros Onix Lorenzoni e Jair Bolsonaro, então deputados federais.
Pimenta nos olhos dos outros é colírio, né?
Isso me faz lembrar o tempo de campanha quando eu pregava que deveríamos mudar o perfil dos políticos brasileiros. Mudamos muitas pessoas, mas, não o perfil. Nossa política é velha e sem ideias novas e inovadoras. Sem revanchismo, pensem... “Tutti Compagni” Fin setimana che vien. Salute.

Renan Alberto Moroni

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