CARREGANDO

Busca

Nos falta consciência

Desde o início dos meus estudos em economia muito aprendi sobre oferta e procura, ou oferta e demanda ou valor utilidade e outros conceitos de custo e valor causados pela escassez ou pela abundância.
Já não apresentamos quadros de oferta em demasia que poderia fazer com que os preços dos produtos se tornassem baratos demais até não cobrir os custos de produção, e nem de procura excessiva que provoque falta de produtos no mercado provocando alta exagerada nos preços. Hoje, os mercados nacional e internacional impedem que, de modo geral, tenhamos falta ou excesso de produtos.
Há, entretanto, situações muito especiais que provoca alterações de preço expressiva, normalmente criadas pela ganância do homem diante de algum fato excepcional como foi a carne no final de 2019 e atualmente, álcool gel e máscaras para proteção da saúde. Porém, esses fatos normalmente são transitórios. Aliás, na atual emergência, álcool gel e máscaras deveriam estar sendo distribuídas sem custo pelas unidades de saúde.
Dentro dos conceitos básicos da economia o mercado sempre sobreviveu e se deu muito bem; porém, nenhuma situação foi tão impactante quanto a que vivemos agora. O “Covid 19”, ou coronavírus, apareceu para atrapalhar tudo. O mercado enlouqueceu e pode causar prejuízos irrecuperáveis não só para a saúde, mas principalmente para a economia mundial.
Hoje, o mundo está de quarentena. Assim, não há produção e, por consequência, não haverá lucro nos investimentos produtivos. Por isso, o mercado de títulos de crédito se torna desinteressante. O resultado está aí; esse mercado de títulos registra significativa queda que poderá levar até empresas à insolvência se essa situação se prolongar por muito tempo e as empresas tiverem que absorver suas próprias ações que estão no mercado. Lembrem da Petrobrás naquele caso pela compra da refinaria nos Estados Unidos. Então, o que estamos vivendo é a inflação do pânico.
Para garantir menor perda, os grandes investidores estão comprando ouro e outros ativos de alta liquidez, além de dólar americano, não por ser americano, mas por ter sido indicada como moeda padrão, base para negociações internacionais.
Então, INTERNACIONALMENTE, o dólar americano não sofre desvalorização nunca. As outras moedas é que podem valorizar-se ou não perante o dólar. Como podemos observar, esse vírus chegou, e vai entrando no mundo sem pedir licença.
Com certeza, esse vírus favorecerá alguém e observa-se isso acompanhando os movimentos das Bolsas de Valores internacionais. O grande investidor e conhecedor desse mercado, sempre comprará esses ativos em queda e os venderá depois quando estiverem se valorizando novamente. Mas esses são poucos e tenho a impressão que têm suas bases na China.
Nós, os mais pobres, precisamos nos proteger do vírus real e ter também líderes que nos deem exemplo de como protegermos a nós mesmos.
Também precisamos um Estado que nos proteja sem sensacionalismos baratos e desnecessários porque hoje todos os brasileiros correm riscos.
Ainda falta a consciência real a respeito. Nós, população, ainda não estamos convictos dos efeitos da doença. Nosso inverno está logo aí. No Rio Grande do Sul somos uma população de pessoas idosas, mais fragilizadas, que é quem o “Covid 19”, ou coronavírus, gosta de atacar.

Renan Alberto Moroni

Últimas colunas