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O governo está cedendo demais para o “mercado”

O mercado, representa os grandes grupos de empresas que compreendem os ramos rural, industrial, comercial e prestadores de serviços.
O interesse deles não é outro senão obter lucro. E, quanto mais melhor. Aqui no Brasil, pela legislação atual, na sua meta do lucro sofrem a interferência de dois setores básicos: Mão de obra e Leis sociais de alto custo advindas de conquistas dos trabalhadores em muitos anos de luta com seus sindicatos.

Poderia citar também os impostos, entretanto como todos esses empresários são, além de importadores também exportadores, os créditos que eles obtêm de impostos nas exportações às vezes até superam os débitos pela venda no mercado interno. Então, pagam pouco imposto ou, até, muitas vezes nada.

Entretanto, salários e custos previdenciários devem ser pagos e não podem ser compensados em créditos tributários. Por isso é que o Brasil está enfrentando hoje toda essa pressão visando reforma trabalhista, reforma previdenciária e, para fechar, reforma nas leis do trabalho escravo através de portaria.

Graças ao bom senso essa portaria foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal. Digamos que a aprovação dessa portaria asseguraria os votos da bancada ruralista para votar contra a cassação do mandato do presidente Temer no Congresso Nacional. O PMDB um partido de extrema direita e completamente alheio aos interesses da população. Não incluo aqui os seguidores municipais da sigla. Mas

Lembro o que dizia Brizola:  “O PMDB não é um partido; é uma Frente onde cada parlamentar é um partido”.

Foi criada em abril deste ano a CPI da Previdência Social no Congresso Nacional, encabeçada pelo Senador gaúcho Paulo Paim.
O relatório final desta CPI concluiu que desde os anos 90, ( e esses dados foram obtidos na ANFIP Associação Nacional de Auditores Fiscais da Receita Federal) e confrontados com dados do TCU (Tribunal de Contas da União), a Previdência Social Brasileira não é deficitária. (JC. Edição nº. 105, ano-85 pag. 11). Os dados levantados pela CPI mostram que já em 1994, o governo de então, criou a DRU (Desvinculação das Receitas da União) conhecidos hoje como Caixa Único.

Com esse processo, retirou da previdência recursos disponíveis em valores significativos para fechar seu caixa. Entre 2004 e 2014, foram sacados mais de 500 bilhões de reais dessas reservas também para fechar rombos de caixa do governo.  Essas reservas eram a garantia do financiamento da Previdência e foram redirecionados para outros projetos; isto é: Retirados como empréstimos pelos governos e jamais devolvidos.

Só dos valores conhecidos, a Previdência seria superavitária em mais de 250 bilhões de Reais, já que o déficit, apontado pelas análises do “mercado”, indicam 226,9 Bilhões de reais. Além disso a previdência possui recursos a receber de grandes empresas em valor muito superior a esse dito déficit.

Só a JBS deve mais do que 2,4 bilhões à previdência, sem contar Petrobrás, vários bancos renomados, e outras empresas que estão citadas no relatório.
Por isso, hoje estamos enfrentando, sob uma falsa informação de déficit, a pressão para reduzir direitos dos empregados e fortalecer ainda mais os empresários.

O ruim é o atual governo está cedendo demais para esse mercado.

O ruim é o atual governo está cedendo demais para esse mercado

Renan Alberto Moroni

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