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Prédios antigos: vale a pena comprar?

Há uma ideia defendida por boa parte da população de que prédios antigos ou desocupados, no município, devam ser adquiridos pela Prefeitura. São inúmeras as situações em Garibaldi, casos da Mansão Mazzini, do prédio do Banrisul, ambos, por coincidência, na rua Júlio de Castilhos, o prédio da escola Santo Antônio, que está à venda já algum tempo pelos Irmãos Maristas, e até mesmo, na época, da antiga área da Bacardi Martini, hoje de propriedade de um empresário de Farroupilha.
Entre os destinos para essas imaginárias aquisições, está a criação de uma Casa de Cultura, proposta associada recentemente ao antigo prédio do Banrisul, na Júlio. Houve até uma pequena mobilização de um grupo de atores, quando ocorreu a apresentação do filme sobre a Vila Fitarelli, na Buarque de Macedo, no ano passado, pedindo a aquisição do local.
E tem sido assim. Quando surge uma oportunidade, ou vaga um prédio à espera de uma compra, surgem os pedidos, alguns coesos, porém, outros nem tanto.
Mas a questão é: vale a pena para o município adquirir prédios, por exemplo, como o do Banrisul, na rua Júlio de Castilhos?
As exigências atuais em torno da acessibilidade e, principalmente, de segurança, são entraves para aquisição de locais como, por exemplo, a antiga sede do Banrisul. Os valores de venda também não são lá convidativos, afinal, o prédio ocupa uma área central do município e toda boa localização tem seu preço.
A não ser que consiga por uma verdadeira barganha, a aquisição desses imóveis mais antigos significa um esforço muito grande e, talvez, desnecessário para o município. Afinal, além de pagar milhões pela compra, terá que investir outra fortuna para recuperar e adequar o imóvel às exigências da legislação atual.
Isso não significa que Garibaldi não mereça uma Casa de Cultura, mas é preferível propor uma construção a partir do marco zero. O prédio, com certeza, sairá mais barato e será moderno.


Bom final de semana!

Julmei Carminatti

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