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Papos de Redação - 1275 ed

A quem os partidos de esquerda querem enganar?

O tema central no Brasil, hoje, é a reforma da previdência. Os partidos de esquerda, por exemplo, são contrários. Mas porquê?

Será que realmente é pelo fato de que a reforma retira direitos dos trabalhadores, como propagam? Ou simplesmente porque a esquerda, historicamente, é oposição a tudo e a todos?! Sabe, isso é instigante. Trata-se, simplesmente, de ser contra a qualquer reforma. Trata-se em última análise de, em nome da luta política, ideológica e partidária, inviabilizar o país e condenar as futuras gerações.
Se há pontos polêmicos no projeto da reforma da previdência é preciso debatê-los. O debate, aliás, é uma das premissas da democracia. Mas a esquerda não quer o debate, não enquanto for oposição. A ordem é votar contrário, mesmo sabendo da importância da reforma, ou das reformas, para o país.
Por aqui, na semana passada, os deputados federais do PT, Henrique Fontana e Pepe Vargas, falaram para um pequeno público (cerca de 50 pessoas) sobre a nocividade, segundo eles, caso a reforma da previdência seja aprovada. Ao defender sua postura contrária à reforma, Fontana disse que pessoas que estão próximas da aposentadoria perderão de 40% a 60% do valor que possuem direito, pois, de acordo com ele, não haverá uma transição.
Pois é, o deputado, no entanto, ‘esqueceu’ de lembrar que essa perda da porcentagem já ocorreu quando o Governo da ex-presidente Dilma Rousseff, do qual Fontana fez parte, criou o Fator Previdenciário 85/95. Irônico, não? O Fator 85/95, inclusive, é o que está valendo atualmente para quem solicitar a aposentadoria.
Essa postura dos partidos de esquerda sempre se sobressaiu nas narrativas. Enquanto oposição, a ordem é votar contrário, mesmo que seja prejudicial ao país. Não se trata de uma tática exclusiva desses partidos, liderados pelo PT, mas a esquerda maximizou essa narrativa a ponto de se personificar no papel.
Temos desafios enormes pela frente, pois a recuperação dessa crise é a mais longa de nossa história, compromete empregos, oportunidades e os sonhos de uma geração inteira.

 


Bom final
de semana!

Julmei Carminatti

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