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Papos de redação - 1230 ed

É preciso saber lidar com a crítica - Repercutiu muito mal (e não poderia ter sido diferente) a posição da vereadora Rosani Maria Fin Flores que defendeu, em discurso na tribuna da Câmara, o aumento no número de vereadores, dos atuais nove para 11. A vereadora externou sua posição na sessão do dia 4 de junho. O vídeo está no site da Câmara, no link http://www.camaragaribaldi.rs.gov.br/tvcamara/assistir/851, a partir da tempo 1:02:03 da gravação. Não se trata de nenhuma invenção do jornal, como tentou atribuir Rosani após a publicação da matéria pelo O Garibaldense, na quinta-feira, 7, e mais tarde nas plataformas digitais do Jornal. Também não é a primeira vez que Rosani defende a ideia de aumentar o número de cadeiras no Legislativo, no entanto, desta vez, em tempos de crise política sem precedentes na história recente do país, que coloca em xeque a própria seriedade da classe, e com a população indo às ruas pedindo justamente por mudanças, a vereadora acabou sendo alvo de duras críticas. Tentar transferir as consequências do que falou ao Jornal também foi deselegante. Se a vereadora tem coragem em lutar por um número maior de vereadores, precisa ter a mesma coragem de lidar com a crítica, única e exclusivamente, feita pela população, pelo eleitor que tem todo o direito de concordar ou não, com a posição dos vereadores.

Sem mobilização interna, na Câmara - Embora a vereadora Rosani Maria Fin Flores tenha defendido o aumento do número de vereadores, de nove para 11, na cidade, não existe, atualmente, na Câmara, nenhuma mobilização interna, no entanto, isso é possível, caso o Legislativo queira aumentar, já que cidades com mais de 30 mil habitantes, como Garibaldi, podem, por lei, possuir até 13 vereadores. A Emenda Constitucional 58, aprovada em 2009 pelo Congresso Nacional, determina a composição dos legislativos municipais, de acordo com o número de habitantes dos municípios. A possibilidade de alteração do número de vereadores em Garibaldi é remota. Para se ter uma ideia, dos nove parlamentares, hoje, oito são contra. Na verdade, nem haveria clima para isso, já que o apelo popular é justamente para enxugar a máquina pública.

Campanha cada vez mais próxima - A corrida presidencial vai ganhando maior nitidez, embora, a partir de hoje, com o início da Copa do Mundo, ficará um pouco ofuscada. Ainda restam alguns meses para o pleito e, claro, um evento esportivo pela frente que para boa parte do país. As candidaturas que hoje exibem melhor desempenho nas pesquisas de opinião estão situadas onde, aparentemente, o eleitorado menos almeja: nos extremos. A campanha eleitoral e o debate franco das ideias poderão ter o condão de fazer se esvair as intenções de votos naqueles que propõem soluções miraculosas, receitas fracassadas ou engodos salvacionistas ao país.

Bom final de semana!

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Julmei Carminatti

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