CARREGANDO

Busca

Papos de redação - 1218 ed

Nitidez na campanha - À medida que se aproxima a data-limite para que possíveis candidatos no exercício do mandato deixem os cargos que ocupam, a corrida eleitoral vai ganhando maior nitidez. Ainda restam mais de seis meses para a votação que escolherá o futuro presidente da República, mas as virtudes necessárias para vencer os desafios que se apresentam ao país estão cada vez mais claras. As candidaturas que hoje exibem melhor desempenho nas pesquisas de opinião estão situadas onde, aparentemente, o eleitorado menos almeja: nos extremos. A campanha eleitoral e o debate franco das ideias poderão ter o condão de fazer se esvair as intenções de votos naqueles que propõem soluções miraculosas, receitas fracassadas ou engodos salvacionistas ao país.

 

Herança mais do que maldita - A Petrobras é a mais perfeita tradução do legado petista. Mesmo depois de dois anos sob competente gestão, a outrora maior empresa brasileira não consegue se livrar do fardo decorrente de uma década de malversação. É mais ou menos o que acontece com o país como um todo. A herança é mais maldita do que se imaginava. Em 2017, a estatal registrou o quarto ano seguido de prejuízo. Desta vez, as perdas foram bem menores que as anteriores: R$ 446 milhões. O que vergou os resultados do ano passado foram justamente o legado de maus negócios, as consequências da corrupção e as reengenharias necessárias na contabilidade da empresa para se livrar de encargos acumulados no passado. No ano passado, a companhia despendeu um total de R$ 24,6 bilhões para três finalidades: encerrar uma ação coletiva movida por investidores nos EUA, compensar obras malparadas e refinanciar dívidas com o fisco brasileiro. Sem isso, teria registrado lucro próximo a R$ 7 bilhões no exercício. Em quatro anos, os prejuízos acumulados somam quase R$ 72 bilhões.

Respingos no Rio de Janeiro - Junto com a empresa, afundou a economia brasileira e, mais particularmente, o PIB fluminense. A violência que grassa no Rio de Janeiro é, em boa medida, fruto do Petrolão: o dinheiro de impostos e royalties que faltou para melhor equipar as polícias e combater o crime é o mesmo que escorreu pelo sorvedouro do consórcio de poder petista. Investidores, incluindo trabalhadores que colocaram seu FGTS na empresa, perderam muito dinheiro, agravado pela leniência da administração da empresa sob o partido petista. A faxina em marcha na Petrobras há pouco menos de dois anos inclui a redução da dívida da companhia - que já foi a maior do mundo, já diminuiu cerca de 20% e deve cair à metade até o fim deste ano, prometem seus gestores.

Bom final de semana

.

Julmei Carminatti

Últimas colunas