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Qualidade do nosso sono

Nosso dia é ou deveria ser, caracterizado e subdividido sutilmente em três ciclos médios de oito horas. Sono, trabalho e qualquer outra atividade que não está relacionada com os dois primeiros ciclos.
Sabemos que essa divisão geralmente não é igual para os três ciclos, e que um ou outro tem seu tempo suprimido. Suponho que o sono é o que sempre abre mão do seu tempo.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”, e o sono junto com a prática de atividade física, segundo a OMS são componentes de uma tríade básica para a promoção da saúde mental.
Um sono eficiente deve contemplar cinco dimensões: horas totais de sono alcançadas em 24 horas, facilidade em adormecer e voltar a dormir, tempo de sono em 24 horas, capacidade de manter um estado de alerta e satisfação do sono.
Vários estudos já relacionaram o sono com alguns distúrbios no ser humano, sejam eles comportamentais, fisiológicos e emocionais e observou-se que crianças que tem uma hora a menos de sono em média podem estar em risco de ter problemas de conduta na adolescência.
Um estudo publicado em janeiro de 2020, feito com 226 estudantes de ambos os sexos entre 6 e 11 anos na cidade de Porto Alegre relatou que quase 50% dos pesquisados relataram problemas em dormir e concluíram que a qualidade do sono estava associada aos indicadores dificuldades totais e problemas de conduta em ambos os sexos, além de sintomas emocionais, hiperatividade/desatenção e problemas de relacionamento principalmente com os meninos.
Em contrapartida o excesso de sono também não pode ser considerado um bom sinal. Em outro estudo que foi apresentado em abril de 2020, dessa vez com a terceira idade, relatou que o excesso de sono estava ligado a uma maior incidência de pessoas que contraíram diabetes, câncer, e doenças cardíacos se comparadas as que tinham horas “normais’’ de sono.
De forma geral, o sono é apenas um dos indicadores, porém devemos considerar as outras inúmeras características individuais, sociais e do ambiente que também irão influenciar na nossa vida diária.
Indiferente disso podemos concordar que o friozinho e a chuva dos últimos dias são eventos que nos provocam há ficar embaixo das cobertas. Dormir já é outro departamento.

Jean Rasia

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