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A genética na modelação corporal

Na última participação nesse espaço, comentei como os padrões de beleza foram moldados pelas diferentes sociedades e períodos de tempo e, finalizei informando que a essa participação seria em explanar como as restrições genéticas atuam na modelação corporal.
As mudanças corporais, além das próprias decorrentes da idade, são provenientes de hábitos e estilo de vida dos indivíduos. Fatores externos irão determinar alguns aspectos corporais, mas algumas características são genéticas e dificilmente serão alteradas. Com o treinamento é possível, dentro dos seus padrões hereditários, conseguir certa modelação corporal. O somatotipo é a ferramenta utilizada para determinar qual é o perfil corporal do indivíduo e com isso saber suas particularidades.
Somos divididos em três padrões corporais. As pessoas do grupo ectomorfo são magras, com ombros curtos, cintura e quadril estreitos, peitoral plano, ossos pouco densos, possuem metabolismo acelerado e quase sempre têm dificuldade em ganhar peso e massa muscular. Os indivíduos do grupo endomorfo normalmente são mais encorpados, com maiores índices de gordura corporal. Possuem metabolismo lento e com isso mais dificuldade em perder gordura. As pessoas com esse tipo de corpo normalmente possuem ossos largos, quadris e coxas grandes e rostos redondos. Os braços e pernas costumam ser curtos, salientando ainda mais o aspecto encorpado. O último grupo, os mesomorfos, ganham e perdem peso muito fácil. São naturalmente fortes, com metabolismo rápido, facilitando a perda de peso e o ganho de massa muscular. Possuem músculos bem definidos com características de corpo atlético. O corpo geralmente apresenta cintura estreita e ombros largos, além de ser forte.
Além das características físicas, um artigo publicado esse ano, mostrou que existem indivíduos, em grupo específico, que são responsivos e não responsivos ao treinamento. Isso significa que, certo grupo terá melhora com o treinamento e para outro grupo, o corpo não irá apresentar melhora em resposta ao treinamento, mesmo que por um período ou volume de trabalho maior.
Essas informações só reforçam que não devemos fazer comparações entre o corpo dos indivíduos. O cuidado com a saúde corporal é necessário e devemos sim ter esse propósito, mas o belo é singular.
Homens e mulheres não deveriam tentar “copiar” o corpo, principalmente, daqueles estampados em revistas ou embalagens de produtos. Cada ser é único e até que ponto é válido competir com o photoshop das revistas.

Jean Rasia

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