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Conforto é qualidade de vida?

Nas últimas semanas acompanhamos nas redes sociais o #10yearschallenge, - Desafio dos 10 anos -  que tem como objetivo, postar uma foto de dez anos atrás e compará-la com uma foto atual afim de observar as mudanças ocorridas nesse período de tempo.
Se usarmos esse tipo de desafio e fizermos um comparativo com a saúde da população, qual seria o resultado?
Iremos considerar nosso período de tempo os últimos cinquenta anos. Nesse espaço podemos perceber uma grande mudança de postura da sociedade mundial, com destaque ao grande avanço tecnológico, processo de industrialização crescente, máquinas de todos os tipos e funções, escadas rolantes, celulares, computadores, controles remotos, elevadores, tabagismo, alimentação inadequada e uso de álcool.
Esses itens deram um novo conceito as palavras conforte e bem estar e foi caracterizado como  “melhor qualidade de vida”, permitindo que as pessoas tivessem mais tempo para as atividades recreacionais e de lazer.
Não foi bem isso que aconteceu. Com as facilidades apresentadas, a população adotou um estivo de vida sedentário, e a interação desses fatores levou ao incremento das doenças crônicas degenerativas, especialmente as doenças cardiovasculares, miocardiopatias severas, obesidade, diabetes, osteoporose e aspectos associados a mobilidade articular.
Estudos apresentam que de todas as causas de mortes 51% estão associadas ao estilo de vida, 19% a fatores ambientais, 20% a fatores genético-dependentes (biológico) e 10% a assistência médica.
Não estou criticando o uso desses “confortos”, mas sim levanto a discussão sobre a forma como eles estão intimamente ligados à nossa vida diária e como poderíamos minimizar seus efeitos na nossa saúde.
Pequenos ajustes no nosso dia a dia já produziriam bons resultados e serviriam como agentes promotores de saúde. Subir as escadas do nosso prédio, deixar o controle remoto próximo a televisão e não no nosso lado, forçando alguns passos toda vez que quisermos trocar de canal ou ajustar o volume do aparelho e estacionar o carro uma quadra antes do nosso trabalho ou se possível um dia na semana deixar o carro em casa (até a natureza agradece).  São ações simples, mas que podem fazer uma grande diferença com o passar do tempo.

Jean Rasia

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