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Violência silenciosa

Você já deve ter ouvido falar sobre relacionamento abusivo, um tipo de violência silenciosa que afeta muitas mulheres. Estatísticas apontam que 3 em cada 5 mulheres sofrem, já sofreram ou sofrerão em algum grau esse tipo de violência.
De acordo com a OMS, no último ano, 243 milhões de mulheres sofreram violência física, sexual e/ou psicológica do companheiro afetivo. O Brasil é o 5° no ranking de feminicídio, no qual os casos aumentaram em 50% durante a pandemia.
O relacionamento abusivo pode se dar de diferentes formas, mas geralmente é o tipo de relacionamento em que um dos pares perde sua liberdade e espontaneidade em decorrência da imposição ou intimidação do seu parceiro. Nesse tipo de relação o que predomina é o excesso de poder, manipulação e controle sobre o outro, geralmente começa com atitudes simples, como pedidos para não cortar o cabelo, se vestir de determinada forma, não sair sozinha, mas, com o tempo, as situações tendem a ficar mais graves. É o tipo de relação que machuca e fere psicologicamente e, muitas vezes, fisicamente um dos parceiros.
Quando a pessoa está em um relacionamento abusivo, geralmente tem dificuldade de uma visão completa da situação, pois nem sempre consegue se distanciar o suficiente para perceber o que realmente está acontecendo.
Geralmente a relação abusiva começa de uma maneira muito sutil, por vezes, é confundida com demonstração de cuidado e carinho, é comum que o abusador utilize compensações para se desculpar, como envio de flores e presentes, além de fazer juras de que vai mudar o seu comportamento e suas atitudes . Por isso, esse tipo de relação é muito perigoso, pois a própria pessoa que sofre os abusos dificilmente enxerga que está em um relacionamento assim.
Por mais que relacionamentos abusivos aconteçam em relações amorosas, ela pode acontecer em qualquer tipo de relação: amizades, relações familiares e até no trabalho.
É comum que a vítima se sinta mal consigo mesma, que sofra de baixa autoestima, insegurança, ansiedade e depressão. Por isso é importante poder contar com ajuda de pessoas próximas, assim como de ajuda profissional.

Renata R. Cimadon

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