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Precisamos olhar mais para dentro

Vivemos em uma sociedade em que as pessoas tendem a olhar mais para fora do que para dentro de si. Quantas vezes paramos para nos perguntar de verdade como anda nossa vida, para repensar quem somos, do que gostamos e desejamos, se estamos vivendo e aproveitando a vida do jeito que gostaríamos?

Até que as coisas vão bem de uma forma geral, algumas pessoas não param para pensar sobre todas essas questões, estão no “piloto automático”, na correria do dia-a-dia. Por vezes, não prestam atenção nos sinais que vão tendo. Mas, quando um problema maior acontece, quando surge a tristeza e esta se torna recorrente, quando a angustia quase paralisa, ou tantos outros sentimentos ruins aparecem, param e buscam respostas urgentes. Tentam entender, se conhecer e mudar. Isso tudo acontece pois elas começam a se observar mais.

Por que falar sobre isso? Porque a necessidade de olhar para dentro de si deveria ser algo constante na nossa vida. Quando conseguimos, temos a oportunidade de entender o que se passa com a gente, de poder fazer diferente e sentir-se melhor.

Porém, isso não é tarefa fácil. Às vezes, não olhar, é simplesmente uma defesa para não se deparar com aquilo que precisaremos encarar em nós mesmos. Olhar pode doer, poder machucar, mas é a única possibilidade de nos compreendermos e assim buscar a mudança para ficar melhor. Viver sem olhar para dentro de si é como viver no escuro, sem saber se os caminhos escolhidos realmente vão nos levar para o destino desejado.

Fazer isso sozinho costuma ser difícil, principalmente para identificar as respostas para os problemas que nos incomodam. Temos nossos “pontos cegos”. Nesses casos, é importante a ajuda profissional. Uma situação pequena, que não conseguimos dar conta sozinhos e, por resistências e dificuldades não buscamos ajuda, pode se transforma em algo muito maior e mais difícil de lidar.

Desenvolver o autoconhecimento e promover uma atitude mais ativa, criando espaços para olhar para si mesmo, é muito importante. Dedicar um tempo a isso é fundamental. Assim, um dia, quando olhar para trás, terá menos risco de achar que desperdiçou anos levando uma vida que não era a que gostaria.

Renata R. Cimadon

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