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Comemorar, mas continuar a luta

Terça, 8 de março, foi comemorado o Dia Internacional da Mulher. Um dia muito importante por todas as raízes históricas que a data carrega, repleta de conquistas e significados.
O Dia Internacional da Mulher foi oficializado em 1975, pela Organização das Nações Unidas (ONU). Bem antes disso, em 1908, houve uma marcha, em Nova Iorque, que reuniu 15 mil mulheres para reivindicar melhores condições de trabalho e salários e em favor do voto feminino. Posteriormente, outros atos aconteceram anualmente em diversos países. Hoje a data celebra também os avanços femininos na sociedade e nas mais diversas profissões, embora o esforço para a conscientização de igualdade de gênero ainda seja necessário, visto que há muita disparidade igualitária entre homes e mulheres nas mais diversas áreas. Seguimos nessa batalha pela conquista de direitos equivalentes aos dos homens. Uma luta diária e constante.
O Dia da Mulher vai muito além de uma data comemorativa, de flores, presentes e parabéns. É uma data que representa o reconhecimento por uma luta, que para as mulheres, é diária. Pergunte a algumas mulheres qual foi o maior desejo delas nesse 8 de março e as respostas nos darão a real dimensão do quanto ainda precisa ser feito. Respeito. Reconhecimento. Dignidade. Remuneração digna. Mais políticas públicas de equidade de gênero. Equiparação salarial. Maior combate aos crimes contra mulheres. Mais mulheres ocupando cargos públicos. Andar na rua em paz e sem medo de ser importunada.
Ainda há um longo caminho pela frente, mas também é importante destacar os avanços dos últimos anos. No Brasil, em 2006 foi criada a Lei Maria da Penha e em 2015 a Lei do Feminicídio. No mundo, em 2017 a campanha #metoo de denúncia contra o assédio sexual tomou proporção mundial e tornou-se um fenômeno global. Em 2020, o Sudão criminalizou a mutilação genital feminina. Em 2021, tivemos a primeira mulher, negra, na vice-presidência dos EUA.
Comemorar este dia como um dia especial implica dar continuidade a todos os esforços que precisamos fazer diariamente por reconhecimento, mas também para manter as conquistas daquilo que já adquirimos. Que nós mulheres possamos nos fortalecer dia após dia e construir a vida de igualdade que desejamos, nos orgulhando de cada conquista. Ainda há muito. Sigamos juntas!

Renata R. Cimadon

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