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A relação entre avós e netos

Criar um filho não tem sido uma tarefa simples. Na realidade, talvez, nunca foi, mas hoje percebemos quantas questões do mundo atual se atravessam nesse processo. Pensando nas dificuldades dessa árdua tarefa, apesar das facilidades, porque sim, elas também existem, percebemos uma maior proximidade e presença dos avós na educação das crianças.
Por mais que nem sempre reconhecidos ou, por vezes, crucificados, os avós desempenham um papel importante na vida dos netos. Há quem acredite que acabam mimando demais as crianças, o que realmente por vezes acontece, mas o amor e afeto que eles demonstram pelos netos é muito importante no crescimento e na formação das crianças.
O fato é que os avós se encontram sim numa outra posição, de menor responsabilidade. As cobranças são menores e os momentos de cumplicidade maiores. A relação mais próxima entre eles pode proporcionar mais estabilidade emocional para os pequenos.
A afetividade na relação contribui para o fortalecimento da solidariedade, empatia e responsabilidade, auxiliando no desenvolvimento global da criança. Além disso, a convivência entre as gerações favorece a transmissão de valores familiares importantes, estimula a própria criança a conhecer mais da sua história e da história da sua própria família, contribuindo para sua constituição enquanto sujeito.
Se engana quem acredita que a convivência é positiva apenas para a criança. As duas gerações saem ganhando, e muito. A proximidade na relação resgata nos avós o lado afetivo que, por vezes, pode ter ficado um pouco adormecido, e, ao estarem em maior contato com os netos, os avós também se sentem mais valorizados, fazendo com que passem a ter uma vida mais alegre, com mais disposição e até mais vitalidade.
Mas, por fim, vale lembrar que apesar dos benefícios e da importância dos avós na vida e no desenvolvimento das crianças, o dever da criação é dos responsáveis, sendo fundamental manter e respeitar o papel de cada um nessa estrutura, buscando sempre um equilíbrio. Cada família tem suas próprias regras e combinações, sendo necessário respeitar aquelas determinadas pelos pais.

Renata R. Cimadon

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