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Como diferenciar entre tristeza e depressão?

Atualmente e ainda mais com essa questão da pandemia, muito tem se falado sobre as questões emocionais que estão afetando as pessoas. Por vezes os termos “tristeza” e “depressão” parecem ser utilizados quase que como sinônimos. Mas você sabe a diferença entre eles?
A tristeza faz parte da natureza humana e mesmo que em alguns momentos a gente prefira não sentir, em algumas situações é inevitável e importante vivermos esse sentimento. Será que é possível ser demitido de um trabalho que se gosta muito e não ficar triste? É possível levar um fora de quem se gosta ou ainda perder alguém e não ficar triste? Podemos pensar na tristeza como aquele sentimento pontual, decorrente de uma situação que, na maioria das vezes, identificamos com clareza o motivo deste sentimento. É um estado que costuma durar alguns dias ou semanas, tempo necessário para elaborarmos a situação.
Já a depressão é diferente. Nela pode estar contida ou não uma sensação de tristeza e nem sempre é possível identificar exatamente o motivo pelo qual se está deprimido. Há uma sensação de apatia, cansaço e falta de energia para a realização de as tarefas cotidianas ou ainda angústia e ansiedade. Geralmente, na depressão a tristeza não vai embora em um tempo curto pois, não necessariamente é possível entender o que está se passando com a gente. Na depressão aquilo que antes se realizava com facilidade e prazer, passa a ser realizado com dificuldade, esforço e sofrimento.
A depressão, muitas vezes, surge em decorrência de múltiplos fatores externos (preocupações excessivas com alguma situação da vida, questões antigas que não ficaram bem resolvidas e que vem à tona por diferentes motivos, entre outros) e internos (origem biológica e/ou predisposição hereditária).
Por isso, é importante ficar atento ao que sente, e se não estiver bem, procurar ajuda. Através da psicoterapia a pessoa poderá identificar os fatores que a levaram a desenvolver uma depressão. Assim, será possível, através desse acompanhamento elaborar e dar um novo sentido àquilo que gera desequilíbrio em sua vida. Nos casos mais leves, a psicoterapia por si só, dá excelentes resultados. Nos casos graves, talvez seja preciso a utilização de medicação, mas o psicólogo avaliará e, se necessário, encaminhará para uma avaliação psiquiátrica.

Renata R. Cimadon

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