CARREGANDO

Busca

Pregando a paz e o diálogo

“Sirvam nossas façanhas de modelo”. Esta é uma frase do hino do Rio Grande do Sul que cabe muito bem no panorama político brasileiro neste momento. A façanha não indica que o povo brasileiro tenha se vitoriado com a eleição de Lula como presidente e de Eduardo Leite como governador deste Estado, porém, nos dá um exemplo de como se enfrenta a violência sem ter que sair às ruas armados para demonstrar força.
O voto, na verdade, tem uma força incrível. E foi o que aconteceu na eleição do último domingo. Mas outra façanha e que evidenciou essa posição do voto foi que nos moldes da eleição nos Estados Unidos, pela primeira vez, um presidente candidato à reeleição não conseguiu vencer, bem como no Rio Grande do Sul Leite é o primeiro governador a se reeleger.
Observemos que nos dois casos os candidatos que mais foram atacados pelos seus adversários venceram, o que provou que o povo está mais consciente de que a paz e o diálogo têm mais valor do que a guerra.
Os russos e ucranianos deveriam observar atentos a esta atitude do povo brasileiro e teriam mais tranquilidade em negociar com o mundo mercadológico.
O atual governo implantou a economia de mercado no país de forma preponderante, mas da forma como foi implantada, assim, rapidamente e sem conhecimento profundo da realidade brasileira como um todo, acabou favorecendo a minoria mais rica do país e prejudicando a população das classes “C” e “D”. A reforma trabalhista pode ter sido a pá de cal para a campanha à reeleição e os artifícios sociais do final de campanha parecem ter chegado tarde demais.
A esperança que nos resta como brasileiro é que o presidente eleito realmente se dedique ao diálogo com todas as classes pro igual, deixe o mercado agir livre, porém, estabelecendo alguns limites legais para os ganhos resultantes da liberdade de mercado.
Por outro lado, a visão sobre educação não pode estar voltada apenas na geração de mais vagas nos cursos superiores porque, como se viu até agora, muitos formados por faculdades e até pós graduados, continuam trabalhando na produção. É importante salientar que a maior necessidade para o povo brasileiro é de escolas que especializem pessoas para empregos iniciais em todas as áreas contando com as experiências que já existem promovidas pelo Senai, Sesc, Senar e outras entidades, como as que vão a campo acompanhar o trabalho das pessoas como Emater e Embrapa, que ajudam a implantar novas tecnologias de produção e assim gerando maior produtividade. Depois sim, e se o cidadão realmente tem interesse em cultivar seus conhecimentos, dar incentivo para que frequentem uma faculdade.
A partir daqui, então, que se pregue a paz entre os poderes, o diálogo entre políticos de partidos e ideologias de várias siglas buscando o bem comum da população e também entre as pessoas para o bem estar social. Devemos ter consciência que o tempo de enfrentamento entre pessoas e ideologias já passou. Agora deve ser tempo de paz.

Renan Alberto Moroni

Últimas colunas