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Não são poucas as vezes que a gente fica revoltada com o que acontece onde está envolvida a política e os políticos nacionais. Agora, sabemos porque a família Roberto Jefferson tanto brigou pelo Ministério do Trabalho.
Sob o manto do PTB, Partido Trabalhista Brasileiro, partido criado por Getúlio Vargas e de Brizola (no início da sua vida pública), responsável (o Getúlio) pela Consolidação das Leis do Trabalho, e que hoje, com as reformas propostas pelo atual governo e pelo mercado, pode perder muito do seu efeito. Por aquela Lei, os empegados poderiam se associar a sindicatos, afim de se protegerem contra o aviltamento do trabalho.
Como Jefferson foi cassado na época do “Mensalão” não tinha mais como concorrer e, por isso, usou muito dinheiro para eleger sua filha como deputada federal pelo Rio de Janeiro e depois tentar nomeá-la como Ministra do Trabalho neste malfadado governo Temer. Como não conseguiu nomear a filha, colocou lá um representante da família que, finalmente foi afastado porque, como não ganhavam mais participações em licitações, juntavam um dinheiro vendendo cartas sindicais. Imaginem então que, no mundo, a cada 100 sindicatos, 91 estão no Brasil.
De modo geral, por termos permitido que todos esses deputados e senadores se reelegessem muitas vezes, permitimos que eles construíssem cada vez mais escudos de proteção para si e seus mandatos a tal ponto que hoje, após proibir o financiamento privado às campanhas eleitorais dos candidatos, os que estão lá, conseguirão ratear entre si toda a verba pública de campanha aprovada por eles mesmos. Então, novos candidatos que financiariam suas campanhas por empresas próximas a si, ou mesmo por outro meio, não mais conseguirão competir com os que tentam se reeleger.
E aí meus leitores, não adianta mais reclamar do Lula e seus governos, e nem das trapalhadas do governo Temer. A responsabilidade será unicamente dos eleitores que reelegerem alguém.
Fica evidente também que o Brasil não pode ser administrado por políticas de mercado e nem por ideologias de direita. O Brasil depende muito do dinheiro que é distribuído ao seu povo seja ele com salários, rendas, ou benefícios dados; porque é esse dinheiro que move todo o sistema de comércio interno e reverte em benefício do setor produtivo. Não havendo dinheiro não haverá consumo. A inflação apenas cai porque ninguém compra.
Então, para termos um governo de direita só há uma solução. Uma reforma da Constituição tornando o Brasil uma Confederação para que os Estados possam se administrar de acordo com suas peculiaridades, e também para que seja enxugada a máquina pública federal.
Porém, só teremos alguma chance de vermos o Brasil progredindo com os pés no chão, se não reconduzirmos nenhum deputado ou senador a seus cargos porque esses já estão acomodados assim e nunca permitirão que alguém tente modificar as regras atuais e tirá-los da sua zona de conforto.
Portanto, podemos entender o quanto é importante o nosso voto. Certamente ele vale muito mais do que os tostões que nos oferecem para comprá-lo em troca de milhões que continuarão arrecadando e depositando em lugares ocultos e desconhecidos dos cidadãos.
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