CARREGANDO

Busca

A falta que importa

Nós somos seres mortais. Isso é fato. Isso é óbvio. Porém, por inúmeras vezes, absorvidos pelas circunstâncias e informações de uma rotina constante, nos esquecemos desta realidade. Vivemos sob a pressão da ansiedade, não há tempo suficiente para se fazer tudo, logo pensa-se o que está por vir, o que tem para depois. Esquece-se do hoje, do aqui e do agora. E assim, a gente vai vivendo...Pra onde? Por quê?
Mário Sérgio Cortella, filósofo e escritor que admiro muito, nos faz refletir a respeito: “Se você não existisse, que falta faria?” Quantas vezes durante o nosso dia, nós nos colocamos a nos questionar? A nos indagar sobre a nossa vida e a nossa existência? O que fazemos de fato, por nós e pelos outros? O que estamos deixando para este mundo? Muitas pessoas deixam sinais de positividade por onde passam; deixam inspirações, exemplos, carinho e esperança! Outras, por questões diversas, deixam sinais de negatividade, mágoas e rancores. O que separa estes dois polos: atitudes.
Somos seres conscientes da nossa mortalidade, portanto, conscientes das nossas atitudes e das nossas escolhas. É preciso viver uma vida consciente, buscando autoconhecimento e amadurecimento. É necessário transformar-se, adaptar-se, reinventar-se. Quem disse que viver seria fácil? Exige muita paciência, flexibilidade e maleabilidade. Mas, quem disse que viver seria difícil? A vida é única, especial. É um presente que não é pronto e acabado, mas é como um diamante bruto a ser lapidado. Dá pra lamentar e reclamar, achar que se não é como se espera, nada serve. Ou, dá pra olhar o que é bom, ver o copo meio cheio, ver as possibilidades que se descortinam na janela da vida. É possível olhar para novos horizontes.
A vida existe para ser vivida: em paz, com amor, com carinho e respeito. Acredito que nossas atitudes precisam estar associadas ao ser e não somente ao ter. O que importa é viver a plenitude de fazer o bem, o correto e o justo. “Importante é ser importante para alguém, ou seja, fazer falta para alguém.” (Mário Sérgio Cortella, 2017).

É preciso viver uma vida consciente, buscando autoconhecimento e amadurecimento

Rosângela da Costa

Últimas colunas