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O vendedor RAIZ

Redação O Garibaldense 22/04/2021
Cechin faz os áudios do Chico, que até ganhou um desenho que o identifica / Divulgação

“Opa, tudo bem guri!”. Muita gente já ouviu essa frase que abre os áudios do Chico, o Vendedor Raiz, em que ele, com um estilo dos garagistas antigos, vende carros velhos ou exóticos e outros produtos, até passes de jogadores. O bento-gonçalvense Francisco Cechin Junior, 38, casado, pai de uma menina de 11 anos, é o autor do personagem que O Garibaldense entrevistou, durante uma pausa na vida intensa que leva.

Ele nunca trabalhou em uma garagem de carros. Já a brincadeira começou em 2017, em um grupo de Whatsapp de uma ‘gurizada’ do bairro Licorsul, em que o assunto do dia era sobre automóvel. Nessa conversa deu o depoimento da compra do seu primeiro carro.

“Saí de casa pra comprar um carro, no sábado de manhã cheguei na garagem e tinha um Monza e um Kadett alinhados. O vendedor me abordou: “Tudo bom guri, qual que te interessa?”. Respondi “Gostei desse Monza”. Ele colocou a mão no meu ombro e disse “Eu tenho uma coisinha melhor pra ti guri”. Resultado. Abracei o Kadett. Começou a tragédia, gastei três vezes o valor para ficar mais ou menos”, brinca Cechin.

Daí para frente bombou. “A gurizada do grupo começou a printar os bricks diferenciados do Facebook e eu comecei narrar com o mesmo tom que o vendedor me abordou. Depois de um tempo isso vazou do grupo e tomou uma proporção muito boa, explodiu. Meus áudios estavam na boca do povo. O pessoal começou me procurar, para vender coisas e fazer uma resenha, aniversários, casamentos, resenha em geral, comerciais, aí criei um personagem, o Chico, o Vendedor Raiz, e comecei a cobrar”, conta.

Em 2018 seu pai faleceu e resolveu parar, mas alguns meses depois retornou e fez áudios antológicos que alavancaram de vez, como tentar vender Luan, ex-Grêmio, para o Palmeiras, e Potker, ex-Inter, para o Glória, de Vacaria. Também o Fusca com ar condicionado residencial e o Verona auto reverse. “Não parei mais”, reforça.

Largou seu emprego de técnico em mecânica industrial e de junho de 2019 a junho de 2020 trabalhou somente com o Chico. De junho do ano passado para cá voltou à antiga profissão, que dá assistência para a América Latina, e concilia os dois trabalhos. “O Chico é contratado para fazer locuções e mídias, e tenho um patrocinador no ramo de esportes (KTO). Faço dois áudios por dia, mas no início fazia 15”.

Para o futuro, quer algo mais. “Trabalhar num programa, ou desenvolver um stand up, ainda estou panejando”, diz.  Os áudios podem ser encontrados no Facebook, Instagram e Youtube.

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