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O TENOR DAQUI

Redação O Garibaldense 29/07/2020
Único tenor de Garibaldi em atividade, Rafael Lumi utiliza todo o seu poder vocal / Arquivo Pessoal

O canto lírico é conhecido, principalmente, pelos cantores de ópera e cantos sacros. E, ontem, 22, foi celebrado o ‘Dia do Cantor Lírico’, do qual Garibaldi tem um único representante, Rafael Lumi. Com 32 anos de idade, desde os 16 atua nessa área e tem como inspiração o cantor italiano Andrea Bocelli.

“Minha primeira lembrança é de ouvir ‘Time to Say Goodbye’ ainda criança. Estive por duas vezes no show dele e, inclusive, realizei uma apresentação em tributo à sua carreira. Outra pessoa que sempre foi um exemplo foi a minha professora, a soprano Franceli Zimmer”, diz.

A música exige estudo e prática constante. “Mesmo o professor nunca deixa de ser o aprendiz. São necessários meses e até anos, às vezes, para apresentar um show bem executado de uma hora. Sempre tive o incentivo da Antonieta Ongaratto, que regia o primeiro coral que participei, e depois com aulas de canto com a Franceli, fui aprimorando a técnica”, conta Rafael. O momento de se apresentar em um palco é inesquecível. “Não tem explicação, é um momento único, onde não existe nenhum problema ou dificuldade, apenas uma grande troca de energia entre os artistas e o público”, avalia.

Atualmente, Rafael trabalha em eventos sociais e corporativos em projetos solo, com o Tom Acústico ou com o Vocal Allegro, além de ser convidado a concertos. “Iniciei cantando em coro, quando passei a estudar técnica vocal optei pelo canto erudito, sendo esta minha principal área de atuação, mas nos diversos projetos que participei e participo, opto por um estilo mais eclético, às vezes, interpretando obras mais clássicas, mas também mesclando com MPB, entre outros”.

Assim como todos os músicos, foi afetado em cheio pela pandemia causada pelo coronavírus. “Tinha uma agenda bem extensa de shows e apresentações e de março até outubro, todos foram cancelados ou postergados para o próximo ano. No meu caso, sempre tive outra carreira em paralelo, o que tem me mantido ao longo destes meses parado”, pondera.

Formado em Comércio Exterior pela Unisinos, Rafael é gerente de compras do Grupo Famiglia Valduga, no Vale dos Vinhedos.

Ele reclama da falta de apoio à classe. “Para os profissionais da arte o impacto é muito sério, e esta classe não foi incluída prontamente nas ações de apoio do governo, aliás, ainda aguarda por auxílio”.

O tenor tem eventos mantidos a partir de novembro, mas com a incerteza que, de fato, acontecerão. “Conforme a evolução da situação, poderão também ser transferidos ou cancelados”. Por outro lado, a agenda prévia de 2021 é positiva. “Com muitos shows agendados até o final do ano. Acredito que os eventos não deixarão de acontecer, mas os meses perdidos em 2020 não será possível compensar”, entende.

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