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Atividades remotas em Garibaldi

Redação O Garibaldense 13/07/2020
Joseane Razzera conta com a ajuda do filho, de 10 anos para fazer as tomadas de cena / Divulgação

“O professor foi dormir presencial e acordou, no susto, on-line”. É o que afirma a secretária municipal de Educação, de Garibaldi, Simone Rosanelli Chies, sobre as mudanças provocadas pela pandemia, causada pelo coronavírus, aos educadores. Segundo ela, o atual panorama trouxe outra realidade à educação, demandando a adaptação nos métodos e instrumentos de ensino aos profissionais. Desde maio, as escolas municipais estão com atividades remotas e os professores se adaptaram a novas e diversificadas ferramentas tecnológicas.

“Eles preparam as aulas, gravam em vídeo através dos softwares OBS Studio e Loom, e postam no Youtube, utilizam o Google Classroom, principalmente, para os anos finais do ensino fundamental”, conta Simone.

Os professores da pré-escola ao 5º ano também utilizam videoaulas, além de atividades manuais e de movimento corporal. As escolas de educação infantil também enviam atividades para manter o vínculo escolar.

A professora de Matemática da escola Pedro Cattani, Joseane Razzera, salienta que está sendo necessário se reinventar como docente. “Jamais pensei em ter um canal no YouTube ou gravar videoaulas, mas essa foi a forma que encontrei para me aproximar dos alunos e auxiliá-los na compreensão dos conteúdos”, diz. Joseane conta com a ajuda do filho, de 10 anos, para fazer as tomadas de cena. “Sempre que fazemos algo novo nos deparamos com incertezas, mas acredito que neste momento estamos todos, estudantes e professores, tentando fazer o melhor para que possamos passar por esse período e, ao olharmos para trás, vermos que evoluímos”, avalia.

Para a professora de Ciências, Caroline Battisti, também da Pedro Cattani, o momento é mais desafiador do que nunca para os professores. “Desconstruímos a prática educacional presencial enquanto nos reinventamos como profissionais. O desafio é grande, mas a dedicação e o comprometimento são ainda maiores, pois seguimos juntos no objetivo de uma sociedade mais consciente”.

Os materiais elaborados pelos professores são enviados por grupos de WhatsApp aos pais ou alunos, ou são disponibilizados em versões impressas a quem não tem acesso à tecnologia.

A prefeitura ampliou o sinal de internet nos arredores das escolas para quem precisar carregar os conteúdos. “Não podemos segregar grupos de alunos. Todos têm direito à educação e não podemos ampliar as desigualdades diante desta pandemia”, entende Simone.

A secretária avalia, ainda, o esforço conjunto das direções de escolas, professores, pais e alunos para reorganizar as suas rotinas diárias. “Sabemos que será um ano com algumas perdas pedagógicas, mas é necessário, neste momento, uma adaptação por parte das escolas e famílias”.

Exterior - Um monitoramento da Unesco apontou que a pandemia já impactou 80% da população estudantil do planeta. Mais de 150 países fecharam as portas das suas escolas. Enquanto no Brasil ainda não há prazos para o reinício das aulas presenciais, alguns países da Europa e da Ásia já começaram a dar os primeiros passos rumo a uma retomada gradual.

O maior exemplo é a China. 107 milhões de alunos do ensino infantil ao superior chinês, o que representa 40% dos estudantes do país, voltaram a ter aulas presenciais no dia 11 de maio, depois de quatro meses em casa. A volta às aulas na China vem sendo feita de forma gradual. O uso de máscara é obrigatório e existem outras medidas de proteção sendo tomadas para evitar novos casos de contaminação. Dentre elas, instalações de câmeras infravermelhas para detectar possível febre nos alunos logo na entrada da instituição, de protetores individuais de acrílico nas salas de aula, para separar um aluno do outro e de um chapéu de papelão com uma espécie de régua de um metro para cada lado, para evitar que as crianças se aproximem demais umas das outras.

Em alguns distritos do país, está em teste uma pulseira eletrônica, que emite um alerta em caso de febre.

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