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Tratores agrícolas exigem cuidados no parreiral

Redação O Garibaldense 28/12/2017
Com o galão do pulverizador cheio, pesando cerca de 600kg, qualquer desnível pode provocar o tombamento / Fotos: André Moreira

O caso ocorrido no dia 12 de dezembro, quando um agricultor da comunidade de São Pantaleão, interior do município, capotou um trator enquanto pulverizava parreirais, reacendeu a discussão em torno da segurança desses equipamentos. A receita da tragédia é comum: com o galão do pulverizador cheio, pesando cerca de 600kg, qualquer desnível pode provocar o tombamento. O relevo irregular da região, o trator pesando quase o mesmo do pulverizador e o não uso do chamado “Santo Antônio”, arco de segurança do veículo que impediria o tráfego pelos vinhedos, agravam a situação. Não é raro que acidentes do tipo culminem na morte do motorista por esmagamento.

Segundo levantamento do Centro de Referência Regional em Saúde do Trabalhador (Cerest-Serra) foram registrados 43 acidentes com máquinas agrícolas na Serra no primeiro semestre de 2017 - durante todo o ano passado foram 40 ocorrências. O Brasil é, inclusive, o país com mais acidentes fatais envolvendo equipamento agrícola: conforme levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2012, são três mil mortes por ano.

Na região existe uma recorrência em casos do tipo. De acordo com Jorge Castro, comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários, de Garibaldi, é registrado em média um acidente por mês envolvendo tombamento de tratores e o manuseio errado desses equipamentos.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), de Garibaldi, Coronel Pilar e Boa Vista do Sul, Luciano Rebelatto, existe uma crescente em acidentes envolvendo veículos do tipo. “Ocorrem muitos outros casos que não são registrados, por exemplo, quando o condutor se machuca levemente. Os que chegam na mídia são os mais graves, mas o número total é maior”, alerta. Ainda segundo Rebelatto, fatores como cansaço, distração, pressa e a falta de informação do agricultor contribuem para o problema.

Mas como reverter esse quadro? Para o comandante Castro, o operador precisa manter atenção máxima durante o uso do veículo e, em caso de acidente, acionar os Bombeiros pelo 193 antes de tomar qualquer medida.

Já o STR planeja intensificar em 2018 os cursos de operação e manutenção de tratores, já ofertados em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). “O objetivo é educar o nosso agricultor, deixá-lo ciente do risco e mostrar que o caminho é a prevenção. A forma de fazer isso é incentivar o produtor a buscar conhecimento. Não existe uma reforma de melhorar essa situação sem a educação”, finaliza Rebelatto.

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