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Ele foi um pai para mim, na política

Redação O Garibaldense 13/07/2020
Coronel Pilar será administrado até o dia 31 de dezembro por Luciano Contini (detalhe) / Fotos Divulgação

A frase acima é de Luciano Contini (MDB), vice-prefeito de Coronel Pilar, ao falar de sua relação com o prefeito Adelar Loch, que faleceu na sexta, 3. Luciano tomou posse como prefeito, no sábado, 4. “Éramos muito amigos e vou trabalhar para realizar seus desejos, fazer asfaltos como ele dizia: ‘encurtava caminhos, facilitava a vida’, terraplenagem, ampliação de aviários, construções, pocilgas, de qualidade de vida aos munícipes, manter o pessoal no município”, assegura Contini.

 Para ele, o que mais impressionava em Adelar era a facilidade de resolver os problemas. “Ele tinha essa facilidade, chegava e resolvia, sempre dizia que tinha que dialogar”. Muito amigo de Adelar, Luciano recebeu a notícia da morte quando se deslocava de Coronel Pilar a Garibaldi, após saber de que passou mal. “No trajeto, a secretária de Administração (Analice Corbelini) disse que ele já tinha falecido, foi um grande choque, mas são coisas do destino e vou trabalhar muito, porque ele gostava de Coronel Pilar”, diz o novo prefeito.

Luciano garante que será uma tarefa dura em substituir o líder máximo do município. “Será dura pela pessoa que o Adelar era, sempre para frente, disposto, mas faremos o possível para substituí-lo com qualidade que merece”, promete. Destaca, ainda, que um momento complicado foi sentar na cadeira de prefeito. “Eu estive aqui na noite de sexta quando retornei de Garibaldi. Abrir a porta do gabinete e ver a cadeira dele, foi um momento muito difícil, mas não podemos baixar a cabeça, sempre erguida para fazer o melhor”, acredita Luciano.

A relação dos dois era muito próxima. “Conversávamos seguidamente, trocávamos ideias de projetos e obras. Ele me chamava seguido para pedir o que seria feito, pois confiava em mim, fizemos em conjunto, o que eu fazia ele sabia”.

Duas vezes vereador, Adelar foi o responsável por Luciano aceitar se candidatar, pela primeira vez, e também a aceitar ser seu vice. Até abril ele acumulou o cargo de secretário de Obras e Agricultura. Com 42 anos, Luciano é casado e tem uma filha de 8 anos.

A secretária municipal de Administração, Analice Corbelini, define Adelar como um homem simples, mas com um coração imenso. “Além de chefe, um amigo e conselheiro”, completa. Como gestor diz que sempre foi muito cauteloso e competente nas ações. “Planejava, pesquisava e executava após a aprovação dos munícipes”.

Analice salienta que ele prezava pelo bem estar do povo. “Incentivava através de ações e projetos que tinham como objetivo a facilidade e o conforto no trabalho. Foi uma grande perda, mas vamos seguir seus conselhos e acima de tudo seus exemplos”, diz ela.

Para o prefeito Antonio Cettolin, amigo e colega de Emater, Adelar foi uma pessoa que sempre o inspirou muito respeito. “Desde os anos 80, quando iniciamos um trabalho juntos na Emater e até o seu último dia, na tarde de sexta, quando o visitei em sua casa, sempre tivemos um respeito muito grande um pelo outro. Eu tinha nele um exemplo de pessoa, corretíssimo, com visão longínqua, que sentia o pulsar de sua gente”, destaca Cettolin.

Salienta que era muito prestativo. “Muitas vezes, o encontrava visitando doentes no hospital ou oferecendo os produtos que produzia para as pessoas, o que era uma das alegrias dele. Era uma pessoa que curtia muito a amizade e não precisava combinar as coisas no papel para que acontecessem. Perdemos um grande líder, responsabilidade que desempenhou tanto na Emater, quanto na Câmara de Vereadores de Garibaldi e na Prefeitura de Coronel Pilar”, afirma.

“Todos nós estamos sentindo, pois ele representava o que ouvimos falar das pessoas que são íntegras, homem correto e justo, costumava me aconselhar muito com ele, pois era um grande amigo. Perdemos um grande companheiro e uma pessoa com coração imenso”, diz.

Valéria recorda que o pai foi um homem muito batalhador. “Nos ensinou que o bem e a verdade deveriam estar sempre acima de tudo. Prezava pelo trabalho, dizia que o trabalho dignificava o homem e admirava as pessoas que trabalhavam muito. Era um homem simples, humilde, apaziguador, ansioso e usava toda essa energia para fazer coisas em prol dos outros, muitas vezes esquecendo de si”, recorda ela.

Diz que desde que sua mãe faleceu, também repentinamente e vítima de enfarte, há 9 anos, passou a ficar ainda mais próximo com a família. “Para poder suprir um pouco desta falta que a mãe fazia e fazíamos muitas coisas juntos. Ele tinha um carinho muito grande pelo meu esposo, o Leandro, que tornou-se um filho mais velho e seu companheiro de muitas jornadas”. Valéria o descreve como um grande líder. “Incentivador e apaixonado pelos seus ideais. Era respeitado por seus eleitores e até por seus adversários. Saber que ele fez a diferença na vida de todos que encontrou e conviveu, é um conforto”, conclui.

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