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Crianças na internet: excesso e consumismo podem se tornar problemas

Redação O Garibaldense 10/08/2018

Quanto tempo você passa conectado à internet diariamente? Essa pergunta fica cada vez mais difícil de ser respondida. Se antes a internet estava restrita a um computador, agora, ela faz parte do funcionamento de muitas coisas. Celulares, tablets e televisões são a atualidade. No futuro próximo, o conceito de Internet das coisas nos promete conectar todos os aparelhos que usamos, do acordar ao dormir.
 
Este emaranhado invisível de conexões amarra os adultos e vai moldando a uma nova forma de viver. As crianças, por sua vez, nascem dentro desta teia, e fica cada vez mais difícil postergar o contato com essa realidade e dosar o tempo pelo qual elas passam mergulhadas no oceano de informações e estímulos online.
 
O acesso à internet pelas crianças pequenas não deve representar o momento de paz dos adultos, mas sim ter algum propósito. Quando a criança entra na internet com tempo controlado, pode ser sadio.
 
Desde muito pequenos, é comum ver e até se encantar com os dedinhos mexendo em telas touch e escolhendo o que querem acessar. No entanto, pelo menos até os 5 anos, os pais precisam controlar cada conteúdo a que elas têm acesso, observando a qualidade e o tipo de conteúdo ao qual a criança está tendo acesso.
 
Além disso, é importante controlar o tempo que os pequenos passam em frente às telas. Será que ele está deixando de brincar para assistir a outras crianças brincando? Neste processo, a criança vai ganhando a maturidade.
 
Os estímulos visuais e apelativos que a internet oferece às crianças têm seu lado que é considerado positivo: não é difícil ouvir que as crianças estão cada vez mais espertas. Os conteúdos educativos ensinam conceitos, línguas e valores que só na escola eles demorariam a ter acesso.
 
No entanto, como num oceano, é impossível controlar para qual lado estes estímulos levarão. Um perigo iminente é o incentivo ao consumismo, já que as propagandas neste ecossistema vêm de forma pouco clara.
 
Abrir a caixa
Não é de hoje que o YouTube se tornou a nova televisão, em frente ao qual a criança fica assistindo aos seus conteúdos preferidos durante horas. A febre atual são os canais de influenciadores digitais, que são patrocinados por marcas ou recebem produtos e mostram o momento de "abrir a caixa".
 
Estes vídeos deixam as crianças hipnotizadas, pois abrem uma janela para a criança ver e saber como é brincar com uma infinidade de brinquedos a que ela muitas vezes não tem acesso. Isso se torna um problema quando assistir a estes vídeos faz com que a criança passe a inverter a lógica do brincar, que é muito importante para seu desenvolvimento. A partir do momento em que a criança deixa de brincar com seus próprios brinquedos para apenas assistir, a gente está entrando em alerta.
 
Consumismo e internet
Além do risco de abandono da realidade analógica, este tipo de contato precoce pode despertar um sentimento de consumismo nas crianças, que pode ocasionar problemas de autoestima e personalidade.
 
Saber que há situações da vida em que ganhamos e outras em que perdemos é um estímulo natural do ser humano. Para ela, o perigo está quando os pais usam o ganho material com uma moeda de troca. Este comportamento pode ensinar a criança que os problemas se resolvem com trocas de bens materiais.
 
Os pais devem estar atentos ao que os filhos têm contato na internet para entender se consideram aquilo saudável ou não. Nesta lógica, impor os limites através de atitudes é o caminho para que a criança se desenvolva de forma adequada.
 
Essas atitudes vão fazer a criança absorver os valores, muito mais do que com as conversas. Se os pais estão assistindo a um programa de adultos, devem pedir para que a criança saia da sala. Na próxima vez em que ela tiver contato com este conteúdo, naturalmente saberá que é inadequado para ela.

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