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Aposta ainda maior no enoturismo

Redação O Garibaldense 14/09/2021
O enoturismo se apresenta como um dos segmentos mais procurados pelo turista, diz Ivane / Acervo pessoal

O desejo de conhecer novos lugares e socializar une-se à crescente segurança sanitária, consequência do andamento da vacinação contra a covid-19, para fazer com que um dos segmentos mais atingidos durante a pandemia recupere as perspectivas otimistas para os próximos meses. O turismo aposta na flexibilização dos protocolos e na necessidade que grande parte da população tem de, literalmente, sair de casa. Na Serra do RS, o potencial gastronômico e vitivinícola ganha enfoque especial a partir do crescimento do enoturismo, alicerçado em experiências personalizadas e na confirmação de importantes eventos no calendário que se desenha para 2022.

Quem conhece o setor é categórico em afirmar que as ofertas enoturísticas da região vão ao encontro do que buscam os visitantes pós-pandemia. “O enoturismo se apresenta como um dos segmentos mais procurados pelo turista, já que alia experiências de cultura autêntica, muitas vezes, em contato com a natureza e com um dos produtos que cresceu muito na apreciação dos brasileiros durante a pandemia: o vinho”, considera a turismóloga Ivane Maria Remus Fávero.

Mestre em turismo e com décadas de experiência nos setores público e privado do segmento (tanto nacional como internacionalmente), Ivane projeta uma retomada, que já está acontecendo, na medida em que avança o número de pessoas vacinadas e se reduzem os contágios. “Se tudo andar conforme o anunciado pelos governos, teremos um ‘boom’ do turismo no final do ano e no próximo verão”, adianta.

Esse otimismo está baseado, de forma especial, no crescente interesse pelos destinos interioranos. “As pessoas perceberam, mais fortemente durante a pandemia, os reais valores da vida, o que realmente nos transmite bem-estar e gera felicidade. Assim, os lugares de hospitalidade verdadeira, onde se pratica o ‘slow tourism’, se valoriza o ambiente natural e se apresenta a cultura, são e seguirão sendo muito procurados”, explica.

Um ponto extra que pode ser conferido ao enoturismo gaúcho é a capacidade de reinvenção do setor. “Alguns empreendedores se reinventaram e entenderam que a experiência turística começa no digital. Trabalharam bem seu posicionamento na internet e, ainda, inovaram nas experiências oferecidas. Alguns municípios também trabalharam bem os protocolos, reforçando a confiança do turista. Estes serão lembrados no momento da retomada das viagens”, sentencia.

Zona Franca

Um dos tópicos que pode ter efeito real e direto no enoturismo é a criação da Zona Franca da Uva e do Vinho – que deve reduzir, em um primeiro momento, 30% o preço dos produtos do setor, segundo estimativa da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale).

A expectativa é de que o projeto de lei, em tramitação hoje na Câmara, possa ser aprovado até o final do ano no Congresso Nacional e, depois, passe pela sanção presidencial. A proposta é que o regime de redução tributária adotado seja aplicado às etapas do plantio e colheita das uvas e à produção, engarrafamento e venda dos vinhos.

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