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A religião nas maquetes

Redação O Garibaldense 29/08/2018
Maquetes mostram templos reproduzidos a partir de construções espalhadas pelo mundo / André Moreira

A disciplina de religião em instituições de ensino é um tema polêmico. Escolas privadas, por exemplo, podem optar por lecionar apenas uma determinada crença; nas instituições públicas prevalece, por lei, o ensino inter-religioso, onde diversas doutrinas devem ser exploradas. Dessa forma, a disciplina leva o aluno a conhecer a diversidade religiosa.

Tal nuance do ensino religioso público vem sendo explorada de uma forma concreta e dinâmica pela professora Taciana Cattani, que leciona a matéria no Instituto Estadual de Educação Profª Irmã Teofânia, em Garibaldi, há 23 anos. O projeto “Estruturas de Fé” envolve alunos do Ensino Médio e teve como objetivo integrar disciplinas como História, Geografia, Sociologia, Matemática, Literatura e outras, em torno da religiosidade.

Os estudantes envolveram-se na produção de maquetes de templos religiosos, de diferentes crenças. “Poderia ser qualquer religião,  de qualquer lugar do mundo, que os próprios alunos escolheram. Eles estudaram as religiões, os templos e decidiram por afinidade, para ser um trabalho prazeroso. Foi algo natural, que surtiu um efeito tão bonito em todos os envolvidos”, conta a professora Taciana. Cerca de 80 maquetes foram produzidas, de templos católicos, evangélicos, budistas, luteranos, taoístas, entre outros, além de construções de religiões mais antigas, como mesopotâmicas, gregas e nórdicas.

Edificações como a primeira igreja Matriz de São Pedro e a igreja da Ermida Nossa Senhora de Fátima, ambas de Garibaldi, estão representadas. O Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio, em Farroupilha, e a Igreja de São Pedro, em Gramado, são alguns dos templos gaúchos confeccionados pelos alunos. A Catedral de Nossa Senhora Aparecida, em Brasília, e o Templo de Salomão, em São Paulo, também fazem parte do acervo de maquetes. Outros estudantes optaram por referências mais distantes e reproduziram o Taj Mahal, na Índia, e do Templo de Kukulcán, no México, por exemplo.

Após a produção e apresentação serem finalizadas, as maquetes vão para o auditório do Instituto Profª Irmã Teofânia, para exposição. Depois, tomam rumos diferentes, com algumas indo para exibições públicas e outras para a família dos alunos. “Foi um trabalho diferente, feito com muito respeito à diversidade religiosa, que envolveu toda a comunidade escolar. O resultado foi surpreendente”, destaca Taciana, orgulhosa.

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