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A motivação representa um dos assuntos mais atuais, portanto, mais debatidos em diferentes contextos, tanto no trabalho como na vida pessoal. A motivação se tornou um assunto que está na moda (Michel, 1989). Muito se fala a respeito das pessoas motivarem outras pessoas, e isso, não é bem a verdade. Comete-se engano chamar de motivação certos tipos de comportamento que nada têm a ver com ela: alegria, euforia, entusiasmo, felicidade. Fomos criados a acreditar que podemos motivar outras pessoas. Tomando por base esta crença, fica difícil aceitar que nada se pode fazer para motivar as pessoas ou administrar a motivação de alguém.
É muito comum que se caia na tentação de afirmar que uma das principais responsabilidades da liderança ou gerência é a de motivar a equipe. Por muito tempo, vem se tentando alcançar sucesso nesta empreitada. Embora nada prático, objetivo e que surta verdadeiramente um efeito, ainda é muito frequente encontrar dicas, técnicas e variadas receitas para se atingir o sucesso de motivar alguém.
Não existem receitas simplistas capazes de resolver a problemática da motivação ou a falta dela. Estudos coerentes e precisos afirmam que o que acontece fora das pessoas, praticamente não tem nada a ver com a elevação ou a queda dos níveis de satisfação motivacional. Mas, aceitar esta conclusão é difícil, principalmente nos meios organizacionais, pois para quem busca soluções rápidas, essa suposição parece ser muito indesejável.
Muitas variáveis intrínsecas começam a mostrar importância como responsáveis pela motivação e satisfação no trabalho. O estudo da motivação oferece recursos para entender que nem sempre dois indivíduos agem da mesma maneira. O que motiva algumas pessoas, pode não ser motivador para outras. Esta é uma descoberta única, pessoal e intransferível.
Isso porque, as pessoas têm objetivos diferentes, assim como, fontes de energia que determinam pulsões, desejos e motivações amplamente variadas. A motivação é uma fonte autônoma e individual de energia, não respondendo a qualquer tipo de controle do mundo exterior.
Portanto, está mais do que na hora de compreendermos que como seres humanos somos dotados de convicções, crenças e desejos diferentes e que toda mudança comportamental é feita de “dentro para fora”. A responsabilidade pelas nossas escolhas e ações são nossas. A motivação e a satisfação de nossas demandas são de nossa responsabilidade, não podemos transferi-la para os outros. Para tanto, qual a tua fonte de energia? O que pode ser mudado e melhorado a partir de agora? O que te motiva?
