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Avaliação Primordial

Desde tempos primórdios, nós, seres humanos, comparamo-nos uns aos outros, de maneira individual ou coletiva, em relação a características e comportamentos. Trata-se de uma atitude natural e cultural, tornando-se evidente a comparação, com o objetivo de se encontrar um padrão.

De alguma maneira, o ser humano busca compreender as nuances da vida, traduzindo-as com padrões e concepções do que é normal ou não. Existem padrões que classificam, ordenam e estipulam normas e regras. Contudo, muitas comparações são, por vezes, subjetivas e empíricas, sem dados suficientes, podendo incorrer em erros e falhas.

 

Neste sentido, avaliar padrões de comportamento humano exigem ciência e cautela. Na área da Psicologia, o primeiro instrumento para avaliação da capacidade cognitiva foi publicado em 1905, por Alfred Binet. Esta avaliação tinha por objetivo mensurar o potencial intelectual dos sujeitos. Nesta época, surgiu o conceito do Quociente Intelectual (QI), calculado a partir da idade mental obtido das escalas do teste de Binet.

Por um longo período, o QI foi considerado muito relevante para avaliações e padronizações do potencial humano, principalmente nas contextualizações do trabalho. Hoje, além do QI é fundamental o desenvolvimento do QE (Quociente Emocional). Aprender, ser lógico, técnico e inteligente em termos cognitivos já não é mais suficiente. É preciso saber se relacionar; ter empatia, comprometimento e saber lidar com as frustações e adversidades. Pesquisas revelam que líderes com melhores desempenho tem um QE mais elevado. Profissionais de sucesso são aqueles que lidam com as emoções de maneira madura, responsável e consciente.

A Psicologia evoluiu muito nos últimos anos, desenvolvendo testes psicológicos que avaliam diferentes aptidões específicas: inteligência, raciocínio, atenção, memória ou personalidade humana. Os testes psicológicos passam por um longo processo desde a sua concepção até a comercialização. São testes científicos, validados e de uso exclusivo do profissional psicólogo, que sempre deve escolher os instrumentos de maneira adequada. As avaliações são cada vez mais precisas, pois passam por constantes estudos de atualizações e aperfeiçoamentos.

Assim, a Psicologia contribui cada vez mais para o desenvolvimento dos seres humanos, na medida em que estuda, conhece e potencializa as características imprescindíveis e primordiais da humanidade.

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Rosângela da Costa

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