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Papos de Redação - 1269 ed

Salvo os governos que governam

Não há um assunto mais indigesto do que entender como funciona a política no Brasil e, porque não dizer, no mundo. Não se trata de não gostar de política. Isso é um erro, afinal, nossa vida, queira você ou não, depende ou dependerá dela em algum momento. Democracia é política. Política é democracia.
É a forma de como a política é conduzida que enoja, seja ela, em qualquer esfera. Governar é uma tarefa para poucos.
Para a população, em sua maioria, esse entendimento ainda é um desafio inglório. Nem mesmo as redes sociais conseguem oferecer o suporte necessário para a reflexão, isso porque o próprio Sistema as utiliza para confundir e não explicar. Está a cada dia mais desafiador acreditar no que se vê ou se lê pelas redes sociais quando o assunto é política.
Quem é governo tem pela frente geralmente uma oposição que se opõe simplesmente pelos próprios interesses. E o povo, presidente? Ora.... o povo, não de agora, sempre aparece em segundo plano. O objetivo de quem pretende assumir o lugar do oponente é destruí-lo, mesmo que essa guerra atinja o país e seus cidadãos. Daí a importância de que economia e política devem, obrigatoriamente, andar separadas o que, para nosso desespero, no Brasil, não acontece.
O tema central no Brasil, hoje, é a reforma da previdência, tão necessária quanto a reforma tributária, que o governo pretende fazer a seguir. Os partidos de esquerda, por exemplo, são contrários. E porquê? Será que realmente é pelo fato de que a reforma retira direitos dos trabalhadores, como propagam? Ou simplesmente porque a esquerda, historicamente, é oposição a tudo e a todos?!
Se há pontos polêmicos no projeto da reforma da previdência é preciso debatê-los. O debate, aliás, é uma das premissas da democracia. Mas a esquerda não quer o debate, não enquanto for oposição. A ordem é votar contrário, mesmo sabendo da importância da reforma, ou das reformas, para o país.
Para citar um exemplo (na verdade, se você pesquisar, são muitos) a esquerda brasileira, sempre liderada pelo PT, foi contrária ao próprio Plano Real. Na época, o governo de Fernando Henrique Cardoso passou pelas mesmas dificuldades, que o atual presidente Bolsonaro enfrenta, para aprovar e criar a chamada URV (Unidade Real de Valor), felizmente, conseguiu. Um ano após a implantação, a inflação beirava 14%, número insignificante perto do índice de 1.093,8%, registrada no ano de 1994. Na época, a alternativa era aceitar o Plano ou morrer abraçado na hiperinflação. O PT foi contra.

Bom final
de semana!

 

Julmei Carminatti

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