CARREGANDO

Busca

Papos de Redação - 1250 ed

Falar em resistência é não admitir a derrota

Vai ser um governo difícil para o presidente eleito, democraticamente, Jair Bolsonaro. Assim que acusou a derrota nas urnas, no domingo passado, o PT e seus aliados anteciparam um discurso de “resistência”. Isso que Bolsonaro assume oficialmente a Presidência só no dia 1º de janeiro de 2019.

Mas resistência a quem? Ou a que? Ao incitar essa resistência ao candidato vencedor da eleição, o PT não admite a derrota. Também retoma sua postura de alimentar o caos, despreocupadamente, com os verdadeiros problemas que o país possui e que precisam, de uma forma urgente, de soluções.

Foram 16 anos no poder, muitos, talvez, já esqueceram, mas essa técnica petista é conhecida: enquanto oposição, o PT não mede esforços em narrativas negativas, mesmo que o governo esteja tentando propor algo de bom para o país. Foi assim no governo de Fernando Henrique Cardoso, que propôs novos mecanismos econômicos com a introdução do Plano Real. Insistentemente, o PT foi contra até se beneficiar com a nova política econômica ao assumir a Presidência com Lula, em 2003.

Perder uma eleição faz parte do jogo, embora, como essa, da forma como o PT perdeu, é difícil de assimilar. A ficha ainda não caiu! Mas ela cairá e os partidos de esquerda entenderão que o Brasil mudou, que cansou dos metódicos desvios de recursos públicos que só alimentaram um projeto de poder. Nunca houve, desde o primeiro ano da gestão de Lula, um projeto para o país e sim uma incessante fome de conquista, não apenas, aqui, em solo brasileiro, mas de uma corrente mundial, alimentada por governos controladores de seu povo.

O que choca ainda, e o segundo turno das Eleições mostrou, é o percentual de eleitores que optaram pelo candidato de esquerda. Mesmo que Fernando Haddad tenha sido uma espécie de porta voz do ex-presidente Lula, preso por corrupção, e mesmo que Haddad represente uma série de líderes de seu partido, igualmente condenados por desvios de recursos, o percentual obtido foi de mais de 44% dos votos. É um absurdo, se tratando de um partido que coordenou o desviou de R$ 42 bilhões até agora descobertos.

É claro que a opção pelo voto é livre, mas quem vota em político corrupto como vai cobrar dele, mais tarde, lisura no trato de recursos públicos?
Atribuir a Bolsonaro à condição de fascista, homofóbico e uma série de adjetivos para justificar seu voto a Haddad também não convence. O discurso terrorista de que Bolsonaro vai instalar um governo perseguidor às minorias, à liberdade democrática, também não passa de uma agenda política dos partidos de esquerda. Não caia nessa! O presidente nem tem todo esse poder de fazer o que bem entender. Há uma Constituição é ela será seguida, queira Bolsonaro ou não. Enquanto isso, desarme-se, aceite a mudança e ajude na construção de um Brasil melhor agora e para o futuro.

Bom final de semana!

.

Julmei Carminatti

Últimas colunas