CARREGANDO

Busca

Papos da Redação - 1302ed | A casa anda por demais esculhambada

Eduardo Leite foi eleito para resolver os problemas do Rio Grande do Sul, porém, nem mesmo sua capacidade oratória e sua simpatia condescendente ainda deram esperanças ao povo gaúcho. Está desfeita a fachada de diálogo de Eduardo Leite? Não se trata de uma crítica política ao governador, mas Leite falou com convicção sobre algo que desconhecia. Isso o repeliu diante de um eleitorado cansado de mentiras, cansado das promessas evasivas.
Leite está tentando arrumar a casa, assim como tentou seu antecessor, mas a casa aqui, no Rio Grande do Sul, anda por demais esculhambada.
Há resistência surgindo por todos os lados. Em abril ainda, o governo se comprometeu em discutir a pauta de reivindicações dos professores: salário em dia, reposição emergencial de 28,78% e a realização de concursos públicos. O governo interrompeu as tratativas. O resultado é a greve.
Os servidores já amargam 45 meses sem receber em dia. O Rio Grande do Sul, que é a quarta maior economia do Brasil, paga o segundo pior salário básico para educadores entre todos os estados da federação. Neste quesito, de fato, o Rio Grande do Sul se tornou um exemplo de desumanidade. A maioria das escolas sofre com a falta de professores e funcionários, além de graves problemas estruturais. Problemas distantes da nossa realidade, daqui, de Garibaldi, mas que existem em muitos municípios gaúchos.
Na sua concepção, Leite está tentando o melhor para o estado e o pacote da reforma estrutural é a aposta para estancar a sangria. De acordo com o governo, o conjunto de medidas é ‘imprescindível para conter a trajetória de elevação das despesas de pessoal ativo e na Previdência’. Entre janeiro e agosto de 2019, de todas as despesas liquidadas do estado, mais de 82% foram destinadas para pagar salários e encargos sobre a folha, segundo o governo.
O conjunto de medidas prevê uma economia de R$ 25,4 bilhões para os próximos 10 anos. Adiar a aplicação dessas ações, por mais dolorosas que sejam, implicaria em ajustes ainda mais rigorosos no futuro.
Bom final
de semana!

Isso o repeliu diante de um eleitorado cansado de mentiras, cansado das promessas evasivas

Julmei Carminatti

Últimas colunas